Barra de logos Museu do Amanhã

Museus, escolas e universidades juntos pela Educação Básica

Acessar conteúdo externo

Em mais um passo no fortalecimento da educação científica brasileira, o Inspira Ciência, programa de formação de professores da Educação Básica realizado pelo Museu do Amanhã e o British Council com o patrocínio da IBM, traz duas grandes novidades: um novo livro e um site que podem ser conhecidos em www.inspiraciencia.org.br.

“Nosso objetivo é oferecer ferramentas para as professoras e os professores se atualizarem, se inspirarem e planejarem suas aulas, aprimorando as experiências de ensino e a aprendizagem na Educação Básica, uma etapa fundamental para a formação das atuais e futuras gerações”, afirma Alfredo Tolmasquim, diretor de Desenvolvimento Científico do Museu.

“Considerando que o país tem cerca de cinqüenta milhões de estudantes matriculados nas escolas brasileiras, sejam crianças e adolescentes em idade escolar ou jovens e adultos que tiveram a oportunidade de voltar às salas de aula, o apoio à formação desses docentes beneficia o desenvolvimento do país como um todo, seja o Ensino Superior, o mercado de trabalho e os rumos da sociedade de forma mais ampla”, explica Luis Serrao, gerente sênior de Educação Básica do British Council.

Livro traz artigos sobre temas fundamentais em ciência, experimentos de baixo custo e planos de aula

Organizado a partir das unidades Universo e Sistema Solar, Terra e Biosfera, Humanidade e Cultura, o novo livro do Inspira Ciência tem artigos escritos por professores universitários e pesquisadores de diversos campos do conhecimento. Eles abordam desde a origem do Universo, a matéria e a energia escura, passando pela cronologia da Terra, a origem da vida e a evolução das espécies, até a expansão humana sobre o planeta e os impactos causados pelo modelo de desenvolvimento econômico atual sobre o meio ambiente de uma forma ampla, e a Baía de Guanabara em particular.

Esses artigos são acompanhados pelo passo a passo para fazer três experimentos de baixo custo para abordar esses temas de forma mais dinâmica e criativa. O primeiro deles é uma reprodução em escala do Sistema Solar, onde o Sol é uma bola de basquete ou futebol e a Terra um grão de pimenta para que os estudantes compreendam e calculem as dimensões e as distâncias entre o Sol e os planetas. Já o segundo é um microscópio feito a partir de recortes de papelão, lentes de DVDs fora de uso e a câmera do telefone celular para que os alunos aprendam ciência na prática. E o terceiro é uma sandbox, uma caixa de areia conectada à sensores eletrônicos que causam um visual arrebatador e interativo para o ensino de geociências.

O livro ainda apresenta abordagens importantes para a educação científica, incluindo a aprendizagem profunda, o ensino por investigação e o estímulo às meninas a seguirem carreiras científicas.

Site facilita o desenvolvimento de planos de aula

Além do novo livro, o Inspira Ciência também inaugurou um site. Nele, todos os professores podem conhecer e usar os planos de aula produzidos pelos participantes do programa, e também criar os seus próprios planos, considerando os temas e as competências recomendadas pela Base Nacional Comum Curricular nesse processo.

Atualmente já estão disponíveis 13 planos de aula desenvolvidos pelos participantes do Inspira Ciência. A cada mês, outros planos produzidos no programa e também pelos professores que utilizarem o site para desenvolver as suas aulas serão disponibilizados ao público. Esta é uma forma de consolidar o site e os livros do Inspira Ciência como ferramentas de trabalho cada vez mais presentes no dia a dia dos professores da Educação Básica.

“A combinação do site e do novo livro do Inspira Ciência é um estímulo para tornar o ensino de ciências ainda mais profundo, investigativo, interdisciplinar e criativo nas escolas brasileiras”, explica Alfredo Tolmasquim. Por sua vez, Luis Serrao acredita que “outro aspecto positivo desses novos conteúdos, e que são a marca do Inspira Ciência, é mostrar como escolas, museus e universidades podem atuar juntos para o fortalecimento de todo o ecossistema da educação e da ciência”.

* Davi Bonela é coordenador de Pesquisa do Museu do Amanhã | IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão