Barra de logos Museu do Amanhã

Exposição Principal

COSMOS – ONDE ESTAMOS?

Pertencemos ao Universo em todas as suas dimensões

Primeira área da Exposição Principal do Museu do Amanhã, Cosmos aborda a visão que somos feitos da mesma matéria que as estrelas, nos conectamos com o Universo e as nossas origens. Aqui é apresentada uma das cinco perguntas que guiarão o seu percurso: De onde viemos?

Dentro de um domo, o visitante é imerso numa projeção em 360 graus, percorrendo galáxias, o coração dos átomos e o interior do Sol. Assiste à formação da Terra, ao desenvolvimento da vida e do pensamento, manifestado pela arte. A ideia é que o visitante possa experimentar dimensões da nossa existência natural que não estamos acostumados a vivenciar sem recorrer a instrumentos científicos. Do micro ao macro, das magnitudes astronômicas às escalas subatômicas.

Trata-se de uma experiência sensorial, poética, motivadora, que nos apresenta o Cosmos como uma totalidade evolutiva, que em muito nos ultrapassa, nos abrange e nos constitui.

Em seguida ao domo, no conjunto de interativos chamado de Horizontes Cósmicos, é possível aprofundar conhecimentos sobre Cosmologia, Astronomia, Física e História da Ciência.

Cosmos

TERRA – QUEM SOMOS?

Somos matéria, vida e pensamento

Segundo momento da Exposição Principal, Terra está associado à pergunta “Quem somos?”. Somos matéria, vida e pensamento. Longe de serem estanques, essas três dimensões atuam umas sobre as outras e, na Exposição, estão representadas por três cubos de sete metros de altura.

Todos os cubos têm um lado interior e um exterior. No primeiro deles, o Cubo da Matéria, pelo lado de fora o visitante tem uma visão unificada da Terra, tal como a avistou o cosmonauta russo Yuri Gagarin. Ela é vista não em sua forma fragmentada, em países ou continentes, mas como um astro único. Nessa experiência, o visitante vê cerca de 180 fotografias da Terra em grande ampliação. No interior do cubo, se familiarizará com os diferentes ritmos que marcam o funcionamento material do planeta. Diferentes fluxos batizados de “oceanos”. O movimento muito lento das placas tectônicas – de alguns centímetros por ano –, o movimento mais rápido das correntes marinhas, o balé bem mais veloz dos ventos pelos ares e a rapidíssima evolução da luz do Sol. Esses quatro ritmos se associam para produzir um novo, que é o ritmo do clima, da sucessão das estações.

A seguir, temos o cubo da Vida, cuja “pele” remete ao suporte bioquímico do código básico que coordena a composição e o desenvolvimento de todos os seres vivos, o DNA; já o interior apresenta a imensa variedade dos organismos, que se relacionam de múltiplos modos e se integram formando ecossistemas. A diversidade e a interconectividade da vida na Mata Atlântica surgem em uma seleção de fotos produzidas durante três expedições realizadas especialmente para o Museu do Amanhã. Apresentamos o ecossistema da Baía de Guanabara, onde o Museu do Amanhã se localiza, em seus variados hábitats, do topo da Serra dos Órgãos às águas do litoral. A Baía de Guanabara também tem um interativo dedicado à ela, o Baías de Todos Nós, que apresenta os desafios enfrentados por essa e outras quatro baías espalhadas pelo mundo. Também exibimos o ecossistema microbiano que cada um de nós carrega, e do qual nossa saúde depende.

O terceiro cubo, enfim, apresenta é o Cubo do Pensamento. No exterior, temos mais uma vez um elemento unificador: nosso sistema nervoso, que é essencialmente o mesmo em todos os seres humanos. Dessa identidade fundamental, no entanto, resulta a incrível diversidade das culturas, ilustrada por centenas de imagens que retratam diferentes aspectos de nossa vida, sentimentos e ações – como habitamos, celebramos, disputamos, pertencemos.

Os interativos dessa área abordam Geologia, Paleontologia, Biologia, Antropologia e História.

Terra

ANTROPOCENO – ONDE ESTAMOS?

Estamos no Antropoceno, a Época dos Humanos

Antropoceno é o momento central da Exposição Principal: tanto espacialmente, já que se encontra bem no meio do percurso, como em termos conceituais, pois discute nossa condição e a do planeta. Antropoceno é um termo formulado por Paul Crutzen, Prêmio Nobel de Química de 1995. O prefixo grego “antropo” significa humano; e o sufixo “ceno” denota as eras geológicas.

Este é, portanto, o momento em que nos encontramos hoje: a Época dos Humanos. Aquela em que o Homo sapiens constata que a civilização se tornou uma força de alcance planetário e de duração e abrangência geológicas. Somos bilhões de pessoas no mundo e continuamos nos multiplicando.

Do ponto de vista biológico, trata-se de um crescimento equivalente ao de uma colônia de bactérias: um ritmo extremamente explosivo, num prazo muito curto. Nós nos planetarizamos: não existe hoje uma região sequer que não seja afetada direta ou indiretamente pelo conjunto da atividade humana. Em Antropoceno, portanto, a pergunta a ser explorada é: “Onde estamos?”, e o tempo é o “Hoje”.

Na exposição, seis totens com dez metros de altura trazem conteúdo audiovisual sobre como moldamos o planeta e as mudanças climáticas extremas. No interior dos totens, as características de cada um dos antecedentes que formaram esta nova era e suas evidências contemporâneas. Ou seja, os processos históricos permitiram que, de cerca de 5 milhões de Homo sapiens há aproximadamente 12 mil anos, chegássemos aos 7 bilhões de indivíduos que somos hoje.

Os interativos da área abordam temas variados, que vão desde a Paleontologia, com a expansão humana sobre o planeta, a Biologia, com o impacto das ações humanas sobre biodiversidade, além da Economia, Geografia e História ao falar sobre o nosso modelo de desenvolvimento econômico atual, a urbanização e a desigualdade social. Esta área também é uma boa oportunidade para abordar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Antropoceno

AMANHÃS – PRA ONDE VAMOS?

Estamos no Antropoceno, a Época dos Humanos

A área dos Amanhãs foca nas grandes tendências globais. Existirão mais pessoas no mundo, vivendo por muito mais tempo. Cidades gigantescas e hiperconectadas. A convivência com pessoas das mais diferentes culturas e modos de vida fará parte do nosso cotidiano. Como e onde vamos viver? O visitante é convidado a pensar nas questões de sustentabilidade e convivência em três espaços: Sociedade, Planeta e Humano.

Há muitos Amanhãs possíveis, carregados de imprevistos. Nas próximas décadas seremos provavelmente ainda mais numerosos, alguns vivendo por muito mais tempo. Habitaremos megacidades, mas com fortes desigualdades sociais. Viveremos em um planeta com intensas transformações do clima e da biodiversidade. Seguiremos ampliando as fronteiras do conhecimento e aperfeiçoando as tecnologias, modificando nossos corpos e mentes e expandindo nossa presença no Sistema Solar. Em um futuro de incertezas e desafios, construiremos Amanhãs a partir de nossas próprias escolhas, individuais e coletivas.

Amanhãs é definido pela pergunta “Para onde vamos?”. As simulações, estimativas e projeções associadas a esse momento estão dispostas num “origami”. Nele estão demarcadas três áreas, apresentando seis tendências que vão moldar o futuro nas próximas décadas. As áreas demarcadas dizem respeito ao conviver (sociedade), ao viver (planeta), e ser (pessoa). As seis tendências são as mudanças no clima; o aumento da população mundial em cerca de mais 3 bilhões de pessoas nos próximos cinquenta anos; a integração e diferenciação dos povos, regiões e pessoas; a alteração dos biomas; o aumento do número, da capacidade e da variedade dos artefatos por nós produzidos; e, por último, a tendência à expansão do conhecimento.

Estas tendências estão apresentadas numa perspectiva histórica por meio de jogos, entre eles o Jogo das Civilizações, baseado num modelo estudado pela NASA. Examinando exemplos do passado, o desenvolvimento e o colapso das civilizações poderia ser medida a partir de variáveis como o consumo dos recursos, o tamanho da população e a desigualdade social. No jogo, é possível controlar certos parâmetros rumo ao futuro para, assim, fazer uma civilização perseverar ou colapsar.

Além das mais variadas disciplinas, os interativos e jogos da áreas permitem abordar competências e habilidades como pensamento crítico e resolução de problemas, colaboração e comunicação, criatividade e imaginação, cidadania, liderança estudantil e letramento digital. Outro aspecto importante na formação dos estudantes que pode ser abordado aqui é o letramento sobre o futuro, que estimula o desenvolvimento de competências e habilidades para lidar com tempos de transformações complexas, profundas e interconectadas dentro de um cenário de incertezas.

Amanhãs

NÓS – COMO QUEREMOS IR?

Construiremos juntos os Amanhãs que queremos

O percurso da Exposição Principal encerra com o exercício da imaginação em Nós, propondo o engajamento do visitante na ideia de que o Amanhã começa agora, com as escolhas que fazemos. Vivemos em um planeta profundamente transformado pela nossa própria intervenção. O hoje é o lugar da ação. Qual será o nosso legado para as próximas gerações?

Nossas ações, por menores que pareçam, são capazes de mudar o mundo. Se nos conectarmos com o planeta e uns com os outros em nossas diferenças, seremos uma ponte para um futuro sustentável. Está sempre amanhecendo, em algum lugar do planeta. Cada amanhecer é sempre o mesmo e também sempre diferente. Cada um de nós faz o seu Amanhã. E juntos fazemos o nosso − os Amanhãs que queremos.

‘Nós’ está estruturado em torno do ambiente de uma oca, que simboliza uma casa do conhecimento indígena, em que os membros das famílias e clãs da tribo vêm se reunir e os mais antigos repetem para os mais novos as lendas, as narrativas, as histórias que compõem o fundamento de sua cultura.

Depois de vivenciarmos a imensidão e a variedade do Cosmos, das informações e experiências em torno dos dilemas que enfrentamos, é o momento de nos debruçarmos um pouco sobre nós mesmos para refletir sobre como queremos viver com o mundo – pela sustentabilidade – e com os outros – pela convivência. Aqui a ênfase não é na informação, mas sim nos valores que compartilhamos com o visitante.

É aqui também que o visitante encontra o único objeto físico integrante do acervo do museu: um churinga. Esse artefato dos aborígines australianos, de aparência, para nós, enigmática, é, na verdade, uma ferramenta. Contudo, não serve para furar ou cortar: trata-se de um utensílio simbólico. Serve, para aquele povo e muitos outros, como uma ferramenta temporal, associar o passado ao futuro. Os saberes das gerações passadas que são legadas às futuras. O churinga representa, assim, a própria continuidade do povo e de sua cultura.

O esguio objeto de madeira lavrada deixou em algum momento o árido deserto australiano no século XIX para aterrissar no píer da Praça Mauá, em pleno século XXI. Curiosamente, seu desenho básico é bastante semelhante à forma concebida pelo arquiteto Santiago Calatrava. Coincidência, destino, forma – tudo conspira, portanto, para fazer dele um símbolo mais do que apropriado para a missão a que se propõe o Museu do Amanhã: despertar para a sustentabilidade da vida e a convivência pacífica entre todos os seres humanos.

Aqui é uma ótima oportunidade para estimular o diálogo entre os estudantes e levá-los a pensar nas ações que podem realizar para construir os Amanhãs que queremos. Bem próximo dali também a experiência Íris+, que usa inteligência artificial para engajar o público do Museu do Amanhã em iniciativas com o foco na sustentabilidade e a convivência.

Nós