Autores
Roni Valk - Escola Oga Mitá
Tema
As primeiras formas de vida
A evolução dos seres vivos
Justificativa
De onde viemos? Como surgiu a primeira forma de vida? Por que a maioria dos fósseis é de espécies não encontradas hoje em dia? Essas são algumas das perguntas que frequentemente não só ouvimos de estudantes das mais variadas idades, mas são temas que a todos intrigam. A Origem e Evolução da Vida.
Os estudantes demonstram bastante interesse sobre o assunto, mas costumam achar difícil entender a possibilidade do surgimento da vida a partir do não vivo. As condições inóspitas do planeta no passado também podem colaborar com a inconformidade sobre possibilidade de vida quando comparadas com as condições existentes hoje.
Acreditamos que ao incentivarmos pesquisas em livros, revistas e sites previamente selecionados podemos criar um ambiente propício para encaminhar dúvidas. Já quando fazemos uso de vídeos buscamos confrontar o que foi apresentado na tela com os conhecimentos desenvolvidos em sala. E, por fim, numa proposta de atividade fora da sala de aula, cremos na eficácia do jogo e sua riqueza lúdica possibilitando a vivência de um modelo prático sobre o tema estudado ou mesmo como disparador de um estudo teórico.
A proposta desse plano de aula é para estudantes do nono ano do Ensino Fundamental porque é onde se encontra atualmente, de acordo com a BNCC, parte do Objeto de Conhecimento aqui trabalhado – Ideias Evolucionistas. Ainda que a Habilidade relativa ao estudo do surgimento e evolução da vida no planeta esteja proposto para a segunda série do Ensino Médio cremos oportuno ser tratado nesse plano de aula.
Segmento
Competências gerais
Disciplinas
Competências específicas - Ciências da natureza
Unidades Temáticas
Vida e Evolução
Objetivos de conhecimento
Hereditariedade
Ideias evolucionistas
Preservação da biodiversidade
Habilidades
(EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin apresentadas em textos científicos e históricos, identificando semelhanças e diferenças entre essas ideias e sua importância para explicar a diversidade biológica.
(EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção natural sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo.
Conhecimento prévio
Método Científico
Abiogênese x Biogênese
Panspermia
Teorias Evolutivas
Seres autotróficos e heterotróficos.
Interdisciplinaridade
O plano de aula proposto apresenta algumas possibilidades de conexão com outras disciplinas. Quando propomos a criação de uma Linha do Tempo da Vida podemos contar com a visão artística nas aulas de Artes a fim de que se proponha uma linha não só expositiva dos conhecimentos científicos investigados, mas que possa ser atraente, que estimule nossa curiosidade e sentidos. Já em Geografia poderão trabalhar e aplicar os estudos sobre Eras Geológicas e mesmo incluir a nova proposta de período geológico, o Antropoceno.
Eixos temáticos
- Terra e Biosfera
Delimitação do conteúdo
Evolução das formas de vida.
Metodologia
ETAPA 1. As Primeiras Formas de Vida.
Visita à exposição principal do Museu do Amanhã. A visita, com cerca de uma hora de duração e conduzida por guia do museu, servirá como um disparador para todo o estudo que será tratado na escola. Basicamente, a ida ao Museu pretende provocar e ampliar o pensamento sobre uma das mais intrigantes perguntas da Humanidade: De Onde Viemos?
Na aula seguinte, em sala, abrir debate sobre a visita ao museu puxando relação com a pergunta disparadora.
ETAPA 2. A Hipótese Autotrófica Quimiossintetizante.
(uma ou duas aulas de 45 minutos)
(A partir da Etapa 2, em cada encontro, a professora vai fazer a Máquina do Tempo girar! A professora, com a turma, cria um disco giratório de papelão (como o disco de Newton) onde cada ‘fatia de pizza’ é uma era ou período geológico a ser sorteada para cada estudante ou equipe. A máquina gira e sorteia a época que estudantes ou grupo de estudantes saibam sobre que período geológico deverá fazer pesquisa a respeito dos seres vivos característicos daquele momento para a montagem em etapa posterior da Linha do Tempo)
Sugerimos que a professora inicie anunciando que as questões que irão abrir a aula precisam ser tratadas sob o viés científico, excluindo do debate posicionamentos filosóficos ou religiosos. “Como surgiu a vida no planeta?“, “Sendo o primeiro ser vivo o que tinha para comer?”. Peça para que se faça um registro de todas respostas e colocações, pois servirão para serem analisadas ao final da aula.
Explicar que há várias teorias sobre a origem da vida, porém essa aula tratará da proposta que vem ganhando mais força entre cientistas atualmente: o primeiro ser vivo teria sido um ser autotrófico quimiossintetizante. Ou seja, um ser que produziu seu próprio alimento a partir do uso de substâncias químicas disponíveis no ambiente.
Seguir com uma proposta prática. A ideia é verificar, através de uma reação química, o surgimento de novos produtos para assim, fazer analogia com a forma de obtenção do alimento de uma bactéria quimiossintetizante.
Esta bactéria produz glicose (C6H12O6) a partir da oxidação do sulfeto de hidrogênio liberado pelas fontes termais, proporcionando assim uma fonte de alimento tanto para si quanto para outros seres que delas se alimentarão direta ou indiretamente. Sugerimos o experimento de evidência de reação química entre o ácido acético e bicarbonato de sódio pela facilidade de obtenção dos materiais necessários, pelo baixo risco de acidente e pelo resultado final da reação com surpreendente e animada confirmação do surgimento de um novo produto. Através da realização da reação química entre o ácido acético (CH3COOH) e o bicarbonato de sódio (NaHCO3) os produtos originados são o acetato de sódio, água e o gás dióxido de carbono. (Ver procedimento do experimento no link no final desse plano). Depois do experimento, apresentar as equações químicas do experimento e a das bactérias quimiossintetizantes.
Equação geral da reação feita em sala
NaHCO3 (s) + CH3COOH (aq) > NaCH3COO (aq) + H2O (l) + CO2 (g)
Equação geral do processo de quimiossíntese
12 H2S + 6 CO2 = C6H12O6 + 6 H2O + 12 S
Ao comparar, mesmo que ainda não dominem o estudo de Química referente a reações, vale destacar que notem que os elementos químicos que estão de um lado também se encontram no outro lado da equação, vale, até mesmo, contar o número de átomos nos dois lados da equação de quimiossíntese. Além disso, destacar que, diferente da reação entre ácido acético e bicarbonato de sódio, no caso da reação das bactérias surge um produto orgânico.
Apresentação do vídeo “Fontes hidrotermais – Uma fonte de vida ou uma fonte de mistérios?” https://www.youtube.com/watch?v=ir4n458MV9k (4min52s). O vídeo aponta a presença de bactérias autotróficas quimiossintetizantes em profundas e escuras áreas do fundo do mar.
Depois do vídeo é o momento para apresentar mais dados sobre a hipótese autotrófica. Para tanto, sugerimos uma investigação sobre o tema. Nesse plano apresentamos algumas sugestões de leitura. Mas aproveite para tratar com a turma os porquês de hoje parte da ciência contrapor a hipótese heterotrófica como a provável demasiada pequena disponibilidade de moléculas orgânicas para servirem como alimento e que a descoberta das bactérias quimiossintetizantes nas fontes hidrotermais, só em 1977, nos sugere um caminho possível para relacionarmos com o metabolismo do primeiro ser vivo.
ETAPA 3. Bactérias, Os Primeiros Seres Vivos.
(uma aula de 45 minutos para preparação das placas de cultura, uma aula para coleta de material, mais duas aulas para observação a olho nu das placas contaminadas, construção de microscópio com celular e observação microscópica das bactérias)
Aula prática de coleta de material para cultura em placa de vidro. Microscopia com celular.
Recentes descobertas paleontológicas aumentam ainda mais a data de vestígios de seres vivos no planeta. Foram encontrados fósseis de bactérias com cerca de 3,5 bilhões de anos.
No intuito de apresentarmos ao estudante uma visão similar desses organismos propomos uma aula prática de investigação de micro-organismos a olho nu e microscópica de bactérias.
Para tanto, precisaremos produzir placas para cultivo de micro-organismos. Sugerimos que sejam seguidos os procedimentos propostos no vídeo “Investigação de micro-organismos por meio de cultivo e observação de fungos e bactérias” produzido pelo Projeto EMBRIAO, da Universidade Estadual de Campinas. https://www.youtube.com/watch?v=FY1-7eIijaY. O vídeo programa propõe determinadas coletas de material para cultivo, mas se julgarem pertinente, talvez seja a oportunidade de um pontapé inicial para investigação da qualidade da água existente nos arredores da escola. Se, cumprindo medidas de segurança e higiene, a turma conseguir fazer uma saída para coleta de um pouco da água de um córrego próximo à escola, tal estudo pode desencadear um projeto relacionado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS). O objetivo 6 trata da ‘Água Limpa e Saneamento’.
Depois que as placas de cultivo apresentarem resultados observados visualmente é hora de prepararmos a observação microscópica. Tendo ou não microscópios na escola sugerimos que passem à turma as etapas para construção de um microscópio de baixo custo a partir de câmeras de celulares. No final desse plano de aula você terá um link que apresenta todo procedimento para tanto.
ETAPA 4. A Linha do Tempo da Vida no Planeta.
(duas aulas de 45 minutos para construção da base da linha do tempo)
Do surgimento dos primeiros seres passamos para a explosão da variedade de vida. Vamos investigar a multiplicidade de grupos de seres vivos e relacioná-los com os períodos em que surgiram no planeta Terra.
Aqui chegamos a um momento em que podemos ampliar o projeto para que abra conexões com outras disciplinas. Sugerimos a criação de uma linha do tempo que destaque o surgimento de seres vivos através das Eras e Períodos Geológicos. Talvez seja o momento de fazermos conexão com Geografia que pode embasar a turma a respeito das Eras Geológicas. A linha buscará seguir uma escala do tempo? Será que precisaremos contar com Matemática também? Uma oportunidade de associação com Artes a fim de encontrarem uma forma estética que, além de informativa, seja atraente para que possa atrair o maior número de curiosos. Cabe aos integrantes do projeto definir o espaço que será ocupado pela linha do tempo: as paredes da sala de aula, ou as paredes do corredor da escola? Uma linha colada na parede, ou há possibilidade de barbante ser esticado entre paredes e desse fio outros fios irem descendo verticalmente apresentando uma plaquinha de papel cartão com imagens e dados sobre grupo de ser surgido naquele período, ou mesmo se dos fios descessem bonecos plásticos referentes ao grupo representativo? A linha do Tempo é um projeto sempre em construção. A qualquer momento do ano estudantes podem incluir na linha novas descobertas feitas pela turma. Sugerimos abaixo referência bibliográfica para pesquisas relativas ao surgimento dos grupos de seres vivos no planeta.
É agora que as pesquisas sorteadas para os grupos passa a ser trabalhada ao fixarem na linha os dados referentes à pesquisa. O projeto Linha do Tempo oferece a possibilidade para que a professora de Geografia, ou mesmo de Ciências inclua a recente proposta de criação de um novo período Geológico, o Antropoceno e também oferecemos aqui referência bibliográfica sobre. Além disso, sugerimos uma aula para construção de um modelo prático que favoreça a compreensão sobre da ação antrópica culminando com a criação do novo período. Segue abaixo as etapas e também o vídeo explicativo para construção do modelo.
Modelo ‘Para Entender o Antropoceno’. Criado por Roni Valk
(uma aula de 45 minutos)
Materiais
· Areia colorida com, pelo menos, 4 cores diferentes. Ao invés de areia colorida pode-se usar diferentes materiais entre si, como areia, terra, pedrinhas, saibro etc
· Pote pequeno de vidro com tampa
· Fita durex
· Papel e caneta hidrocor, ou lápis de cor.
· Vela
· Fósforo ou isqueiro
· Caneca de cerâmica
· Seringa sem agulha ou pipeta conta-gotas
Procedimento
Escolha dois seres vivos que viveram em eras ou períodos distintos e desenhe-os separadamente em pequenos pedaços de papel. Na parte detrás do desenho cole pedaço de fita durex com sobra para além do papel para, assim com ajuda de um lápis ou caneta leva-los para dentro do pote e colá-los na parede interna. Cole-os de modo que os desenhos fiquem visíveis. Encha o pote com uma cor de areia até que o primeiro desenho seja ‘coberto’. Em seguida, sobreponha a primeira camada de areia também com areia, mas de outra cor até que cubra a segunda figura que deverá estar acima da primeira. Faça uma terceira camada de areia de outra cor. Esta camada será a que simbolizará o Antropoceno. Para tanto, acenda a vela e leve o fundo da caneca acima da chama de modo que esse fundo comece a ficar totalmente coberto de fuligem. Em seguida pingue algumas gotas de água sobre a fuligem e com a parte debaixo de um palito de fósforo, de preferência já usado, misture a água com a fuligem. Raspe com o palito a fuligem da parede da caneca para que se junte mais à agua. Depois, com a seringa, puxe o líquido escuro ejete lentamente sobre a última camada de areia. Atenção faça a água preta escorrer próxima à parede do pote para que se possa visualizar a infiltração do líquido na camada.
Preencha o restante do pote com a quarta cor de areia e tampe.
Sobre o Modelo
As camadas coloridas simulam as camadas geológicas e os desenhos fazem o papel dos fósseis que caracterizarão cada período. A fuligem da vela, que é de parafina de petróleo, faz a vez da fuligem de ‘combustível fóssil’ em suspensão na atmosfera. A água simula a chuva que arrasta essa fuligem até o solo. Por mais que o tempo passe, a marca poluente do ser humano, desde a Revolução Industrial, já está literalmente incrustrada no planeta.
Há um vídeo apresentando as etapas de construção do modelo com link abaixo.
Tanto para a construção do modelo como para a criação da Linha do Tempo sugerimos o uso da música Dinossauros do Brasil, de Roni As Figurinhas que pode também servir como inspiração para uma pesquisa sobre fósseis de dinossauros encontrados em solo brasileiro.
Música Dinossauro do Brasil por Roni e As Figurinhas. https://open.spotify.com/artist/5U0lcurCOgSzL0G1G2oDe5 ou soundcloud.com/ronieasfigurinhas/dinossauro
ETAPA 5. O Jogo da Seleção Natural
(duas aulas de 45 minutos)
Anteriormente investigamos a origem do primeiro ser vivo e, depois, a radiação de múltiplos organismos. Agora a proposta é, através de um jogo, de forma lúdica investigarmos como a seleção natural agiu na manutenção e mudança das espécies que já habitaram o planeta.
É o “Jogo da Seleção Natural” criado especialmente para o Curso de Formação Ciência Inspira 2019, a fim de compreender a importância das mutações e do ambiente na seleção dos seres vivos.
Eis as regras do jogo:
JOGO DA SELEÇÃO NATURAL
criado por Roni Valk
Necessidades
Adequado haver entre 12 e 30 participantes.
Espaço amplo como uma quadra esportiva.
Uma sacolinha plástica para cada participante.
Papel para escrever ou imprimir dados referentes à atividade. Cerca de duas folhas do tipo ofício por participante.
1 lápis ou caneta por participante.
Folhas de papel, ou cartolina, ou papel cartão em 3 cores distintas. Cerca de uma folha para cada 4 participantes.
Um rolo de barbante ou qualquer artifício que possa comparar distâncias rapidamente.
Desenvolvimento
A base desse jogo é a mesma do Jogo da Cadeia Alimentar cuja autoria nos é desconhecida.
Nesse jogo, o grupo é dividido em 3 níveis tróficos: produtores, consumidores primários e consumidores secundários.
Sugiro proporções próximas às comumente encontradas: 70% produtores, 20% consumidores primários e 10% consumidores secundários.
Cada participante é identificado com um quarto da folha colorida. Para cada nível trófico, uma cor. Essa identificação poderá ficar na mão do participante ou ser um crachá para pendurar no pescoço com auxílio do barbante.
Para iniciar o jogo é preciso que os consumidores primários estejam afastados dos consumidores secundários e dos produtores. Secundários e produtores podem ficar próximos.
Quando dado o sinal, o objetivo do produtor e fugir do consumidor primários que, por sua vez, precisa, além de ter de pegar produtor, não deixar ser pego pelo consumidor secundário.
Se um produtor for pego não poderá ser pego por outro primário. Se o consumidor primário apanhar um produtor também não poderá mais ser pego por um consumidor secundário.
Ao final do tempo desde a largada, cerca de 10 segundos, todos devem parar para que haja as mudanças dos indivíduos.
Se um produtor foi capturado significa que morreu e sua matéria serviu para que o consumidor primário gerasse um descendente. Sendo assim passa a ser, na próxima rodada, um consumidor primário e não mais produtor. O mesmo acontecerá com os consumidores primários capturados por consumidores secundários.
Se consumidores primários e consumidores secundários não capturarem seus alimentos significará que morreram e seus corpos se transformarão em produtores. Produtores não capturados continuam como produtores.
Quando o participante mudar de nível trófico deverá entregar sua identificação à dinamizadora e receber sua nova cor.
Para capturar basta tocar no outro participante.
Com base nessa atividade se desenvolve o JOGO DA SELEÇÃO NATURAL.
Cada participante, independente do nível trófico recebe um saquinho a ser pendurado na cintura com muitos papéis que indicam tipos de mutações e muito mais papéis informando não ter ocorrido nenhuma mutação.
Por questões de praticidade as mutações serão as mesmas para todos, independente do nível que cada um se encontrar.
Consideramos que cada ser participante tenha as seguintes características originais:
– consegue caminhar rápido, mas não correr (explicar que caminhar significa ter, a cada passo, sempre um pé colado ao chão. Quando corremos os dois pés saem do chão).
– tem os dois braços livres.
– tem as duas mãos livres.
– não emite som.
Antes de começar o jogo cada participante sorteia um papel de dentro de sua sacolinha.
Dentro delas, além da tira NÃO OCORREU MUTAÇÃO numa proporção de 50% do total das tiras dentro do saco, um papel para cada uma das seguntes mutações:
– MUTAÇÃO NAS ESTRUTURAS DE LOCOMOÇÃO: PASSOS COM CALCANHAR COLADO NA PONTA DO OUTRO PÉ (como quando medimos distância tendo como base a medida de um pé)
– MUTAÇÃO NAS ESTRUTURAS DE LOCOMOÇÃO: SALTOS COM OS DOIS PÉS GRUDADOS
– MUTAÇÃO NAS ESTRUTURAS DE LOCOMOÇÃO: É POSSÍVEL CORRER
– MUTAÇÃO NAS ESTRUTURAS DE LOCOMOÇÃO: SOMENTE UM DOS PÉS PISA O CHÃO
– MUTAÇÃO NOS MEMBROS SUPERIORES: OS DOIS BRAÇOS SEMPRE COLADOS AO CORPO
– MUTAÇÃO NOS MEMBROS SUPERIORES: UM BRAÇO SEMPRE COLADO AO CORPO
– MUTAÇÃO NAS MÃOS: MÃOS SEMPRE FECHADAS
– MUTAÇÃO NO APARELHO VOCAL: EMITE SOM NÃO VERBALIZADO ENQUANTO SE MOVE
– MUTAÇÃO NO SISTEMA HORMONAL: QUANDO PARADO FICA COM AXILAS ABERTAS PARA EXALAR MAIS FEROMÔNIOS.
– MUTAÇÃO NO APARELHO OCULAR: QUANDO PARADO FICA COM OS OLHOS FECHADOS
Note que algumas mutações não irão interferir no desempenho do participante para que também haja a compreensão de que nem todas mutações sejam fundamentais para a sobrevivência.
Com sua característica sorteada, o papel volta para a sacola.
Numa tabela, a ser guardada junto com o lápis na sacolinha, há linhas com todas mutações e a não mutação e colunas que indicam as rodadas que seguirão. Cada um deverá marcar com um X o seu status antes da rodada começar.
Caso seja consumidor primário ou secundário e capture, manterá seu status e não sorteará nova mutação na rodada seguinte. O mesmo caso seja produtor e não tenha sido capturado.
Só sorteará nova possibilidade de mutação o participante que foi capturado e não morreu, pois, na verdade será um novo ser. Entretanto, se morreu por ter sido predado, antes do sorteio deverá registrar na coluna da rodada seguinte as características herdadas de seu antecessor. Sendo assim, seguirá com as características do genitor mais a mutação que, por ventura, tenha sorteado. Se a mutação sorteada for referente a uma característica herdada do genitor deve-se manter a característica heradada e não a sorteada. Por exemplo: se herdou MUTAÇÃO NAS ESTRUTURAS DE LOCOMOÇÃO: É POSSÍVEL CORRER, mas no sorteio saiu MUTAÇÃO NAS ESTRUTURAS DE LOCOMOÇÃO: SALTOS COM OS DOIS PÉS GRUDADOS deverá manter a característica do genitor, É POSSÍVEL CORRER. Caso no sorteio surja, por exemplo, MUTAÇÃO NO APARELHO OCULAR: QUANDO PARADO FICA COM OS OLHOS FECHADOS o participante deverá registrar na tabela as duas características: PODE CORRER OLHOS FECHADOS QUANDO PARADO.
Além disso, a dinamizadora também tem um saquinho com dados especiais para ser sorteado em algumas das vezes que encerrar uma rodada.
Nesse saco há situações imprevistas que podem eliminar participantes, independente de seu nível trófico ou mutações presentes.
BOLINHAS quaisquer. De borracha, plástico, de papel. Na quantidade próxima a 1/5 do número de participantes.
A dinamizadora, sem dar nenhuma explicação, atira as bolinhas para quaisquer direções. Somente depois que aqueles que apanharem as bolinhas é que todos serão informados que quem apanhou a bolinha acabar de entrar em contato com bactérias extremamente mortais. Dessa forma, serão eliminados do jogo até que a dinamizadora julgue ser o momento de analisar a evolução e seleção dos mais aptos, enfim, a dinâmica que surgiu.
Um outro papel estará escrito e anunciado TSUNAMI. Com todos absolutamente parados, tendo como centro a dinamizadora, serão eliminados os 3 mais distantes dela. Justifique que foram aqueles que ficaram próximos ao litoral. Para tanto, um participante deverá usar o barbante para traçar um movimento circulatório ao redor da dinamizadora e definir assim os 3 eliminados. Da mesma forma, retornam num próximo reinício de jogo.
TERREMOTO – a dinamizadora explica que deverão formar grupos de 4 integrantes. Quem ficar de fora, sai.
A última fase da atividade, análise da evolução após várias gerações, é importante para conectar com o estudo teórico.
Caso mutações relevantes como correr, andar com passo curto não estejam sendo sorteadas a dinamizadora pode intervir e agir como um agente mutagênico externo e transformar alguns indivíduos.
Cronograma
A proposta desse plano de aula é tratar da origem da vida e sua evolução. Para tanto, propomos 5 etapas que não correspondem a apenas 5 tempos de aula:
Visita ao Museu do Amanhã;
As primeiras formas de vida no planeta;
A hipótese autotrófica quimiossintetizante;
Bactérias – os primeiros seres vivos;
A linha do tempo da vida no planeta, O jogo da seleção natural.
É possível trabalhar todo o plano de aula completo como optar por apenas algum, ou alguns dos 5 temas apresentados. Para cada tema apresentado na Metodologia desse plano há indicação do tempo estimado.
Resultados
Estimular a curiosidade do estudante acerca da origem e evolução dos seres vivos.
Analisar a Hipótese Autotrófica Quimiossintetizante para Origem da Vida, uma das principais sobre o surgimento da vida na Terra.
Demonstrar como os seres vivos evoluíram sob o ponto de vista Darwinista.
Propiciar a criação de projetos para a busca de novos caminhos sustentáveis na própria comunidade.
Referências
Breve história da Terra. http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas—Rede-Ametista/Canal-Escola/Breve-Historia-da-Terra-1094.html
Faça Um Microscópio Caseiro com Celular . https://www.youtube.com/watch?v=HwHJhti5fLs
Antropoceno – Uma Nova Era. http://www.ccst.inpe.br/antropoceno-uma-nova-era/
Para Entender o Antropoceno. https://youtu.be/Pyuwyjx1fZI
“Fontes hidrotermais – Uma fonte de vida ou uma fonte de mistérios?” https://www.youtube.com/watch?v=ir4n458MV9k
Música Dinossauro do Brasil por Roni e As Figurinhas. https://open.spotify.com/artist/5U0lcurCOgSzL0G1G2oDe5 ou soundcloud.com/ronieasfigurinhas/dinossauro
“Investigação de micro-organismos por meio de cultivo e observação de fungos e bactérias” produzido pelo Projeto EMBRIAO, da Universidade Estadual de Campinas. https://www.youtube.com/watch?v=FY1-7eIijaY
Reação Química: Bicarbonato de sódio + Ácido Acético. https://www.youtube.com/watch?v=xhI2EB5CEHY
Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
Hipótese Autotrófica – https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao7.php